sexta-feira, 8 de abril de 2011


ATENÇÃO, DEFICIENTES

A secretaria municipal de trabalho e emprego cadastra portares de deficiência fisica leve, em 205 vagas, oferecidas por empresas do rio. as inscrições devem ser feitas na Tijuca, rua Camaragibe 25; Jacarepaguá, estrada do Guerrengué 1,630; Méier, rua, 24 de Maio 931, Ilha do Governador, estrada do dendé 2,080 e Campo Grande, rua Barcelos Domingos 162;

beijinhos e coraçõezinhos. lu.

terça-feira, 5 de abril de 2011


OS IRMÃOS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E SEUS SENTIMENTOS

Um amplo repertório de sentimentos pode ser vivenciado intimamente ou extematizados através de diferente linquagens pelos irmãos de pessoas com deficiência. seu alvo é variável, abrangendo desde o próprio irmão, os pais, ela ou ele mesmo, as demais pessoas, o mundo enfim.
estes sentimentos se alternam em intensidade, em significado e em sua motivação, exprimindo geralmente sua raiva, alegria, excitação, tristeza, medo, ciúmes, frustração, culpa e solidão. é claro que todas estas expressões da emoção também estão presentes na relação entre irmãos sem deficiência, no entanto, naquela situação há uma realidade a qual poderá no máximo ser amenizada, mas não modificada; a deficiência. a não ser que pensemos em intervenções com células-tronco para alguns casos.
talvez, algumas pessoas pensem ser exagero dizer que muitos irmãos de alguém com deficiência sintam raiva, mas socialmente pelo menos esta é uma reação bastante comum, eles podem enraivecer-se ou odiarem tanto a pessoa e sua deficiência quanto seus pais, os profissionais
na sua opinião incapazes, a sociedade e deus porque sentem-se desvalorizados, ignorados e colocados
a margem da dinãmica familiar e dos acontecimentos. esta raiva também pode surgir quando
percebem que os pais ficam tempo demasiado com a pessoa com deficiência, abandonando-os;
quando sua vida social e o lazer são restringidos em função da deficiência do seu irmão ou irmã;
quando pressentem a injustiça na qual a familia está envolvida, planejando diferentes e discrepantes
expectativas para os filhos, ficando para um segundo ou qualquer outro plano que certamente será
desviado ou perdido no tempo e no espaço.
a sensação ou a veracidade de sentir-se rejeitado pode levar o irmão de uma pessoa com deficiência
a buscar na solidão e no isolamento o seu porto seguro, o seu oásis de sossego ou a sua ilha povoada
de fantasmas. há momentos e fatos que os levam a considerar seus amigos, outros membros da
familia, seus vizinhos e colegas como verdadeiras ameaças, constrangendo-se por terem um irmão com
deficiência, por ele não ter atitudes e comportamentos adequados e socialmente aceitáveis, por ele
utilizar equipamentos ou instrumentos de adaptação que chamem a atenção dos outros para a
deficiência e para a familia ou, simplesmente, porque seu irmão com deficiência poderá ser foco de
piedade, de maltrato ou rejeição quando apresentado a um colega, a um namorado ou a qualquer
outra pessoa de sua rede social próxima ou distante.
a confusão é outro sentimento instalado facilmente na mente dos irmãos de alguém com deficiência,
pois em determinadas circunstãncias perdem o referencial de sua função e dos papeis por eles exercidos;
ora são irmãos, ora são cuidadores, ora são pais substitudos, ora não são nada e veem, a todo momento,
prioridades e desigualdades de tratamento serem indisciplinadamente atribuidas e esbanjadas por
seus por seus próprios pais, pressionando os demais filhos para unirem-se a sua neurose de atendimento
vip das necessidades nem sempre tão urgentes da pessoa com deficiência.
a carência informativa sobre a deficiência do irmão é outro fator importante para a sua confusão mental
e emocional. dai ´para o medo existe um breve intervalo, que parece ser transporto rapidamente em
algumas situações. eles podem recear e amedrontar-se realmente com a possibilidade ou com a
hipótese de pegar ou desenvolver a deficiência do irmão sem nem mesmo terem sido alertados dela
ser ou não genética, hereditária ou transmissivel por alguma via. a preocupação excessiva com o
futuro e a vulnerabilidade do seu irmão, da sua familia e dele mesmo podem deixa-los literalmente
congelados e sem ação, com medo inclusive de um dia terem filhos porque não desejam que estes
passem pela condição de deficiência; por suas limitações, por suas implicações, por sua fragilidade
á exposição aos abusos, violências e hostilidades.
constantemente rejeitado, abandonado, relegado, para outro patamar inferior, é natural que um
irmão sem deficiência fique ressentido e enciumado quando ele já possuia a fragilidade emocional
antes da chegada daquela pessoa ou não receba, nem mesmo de outros familiares e profissionais,
apoio e o suporte necessários para sua reestruturação psiquica. a percepção continua de que não
representa para ninguém naquele grupo familiar um ser com necessidade de atenção e de acolhimento,
que rotineiramente é injustiçado com a irregularidade de humor e afeto dos pais e que não é lembrado ao
longo das conversas ou presenteado com o mais insignificante sorriso de saudação por algum visitante
pode desencadear no irmão da pessoa com deficiência uma verdadeira avalanche concentrada com
o ciúme e com os demais sentimentos dele derivados.
em cadeia e agindo cumulavamente, estes sentimentos reúnem-se fermentando outras emoções,
exacerbando o estresse emocional, liberando energias nocivas a saúde mental, afetiva e social do
irmão sem deficiência, sem resultarem necessariamente na construção sadia de uma relação pelo
menos respeitosa. a culpa e a frustração constituem, nesta hora, sentimentos controladores e
sinaliizadores da presença do desequilibrio e da possivel devastação deste filho sem deficiência.
sentindo-se como algoz ou como vitima de alguém já marcado pelo comprometmento motor, sensorial
e mental, depois de breves vislumbres da sua situação ou de ouvir inteminavelmente que deve
agradecer por não estar na condição do seu irmão, a culpa passa a corroe-lo por sentido raiva,
ressentimento ou o desejo de sua morte. procura, então, na auto punição redimir-se reprimindo-se
e agindo submisso e servilmente a qualquer pedido ou necessidade do irmão afetado pela deficiência. no
entanto, esta não é uma relação natural e espontãnea, assim frustra-se a todo um ciclo reinicia-se.
é dificil precisar a qualidade, a intensidade e a origem dos sentimentos circulantes entre os irmãos
quando a deficiência está presente. foram, entretanto, identificado, vários fatores que podem influenciar
a manifestação de emoções e sentimentos negativos ao convivio adequado e saudável, tais como;
gravidade da deficiência; idade e sexo da pessoa comprometida; tamanho da familia; pressões exercidas
pelos pais e profissionais quanto a atenção de papéis; funções e responsabilidades; situação financeira
da familia e despesas excessivas com a pessoa com deficiência; maltratos com o irmão sem deficiência
pelos pais e pelo próprio irmão com deficiência.
neste ótimo fator, surge um alerta que deve ser considerado com alto grau de preocupação;
sentimentos destrutivos e doentios nem sempre tem a direção do irmão sem deficiência para aquele com
deficiência. ressentimentos, mágoas, inveja e hostilidade também podem acontecer por parte do
irmão com deficiência por sentir-se desconfortável com a condição do seu irmão não apresentar
comprometimentos, limitações e desvios posturais, motores, sensoriais ou mentais.

beijinhos e coraçõezinhos. lu.